domingo, 23 de dezembro de 2012

   Boa noite Amigos do Coração!

   Já que amanhã estou indo viajar pra passar o Natal com a família, venho antecipadamente desejar a todos um FELIZ NATAL!! Que ele possa vir regado de muita união, sabedoria, compaixão, humildade e fé.
Que não esqueçamos o seu real sentindo: nascimento de Jesus Cristo!

   Independente de qual crença for, neste dia de Natal faça a sua prece, mas não peça especificadamente pra você, mas sim pelos outros, pelo mundo. Peça, que Jesus nasça nos corações de cada um e que o espírito natalino possa perpertuar por todo ano de 2013 :)


FELIZ NATAL MEUS AMIGOS, é o que nós desejamos à vocês!






Flávio (esposo) e Eu






Eu, Pai, Marina (irmã) e Mãe

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

   Há exatamente 14 anos atrás, Deus estaria pregando uma peça em mim e em toda a minha família. Era final de 1999 e eu acabava de concluir a 4ª série do ensino fundamental.

   Comecei a sentir muitas dores nas pernas, tanto que não conseguia entrar no carro sem ter que pega-las com as mãos. Minha mãe no início achava que era coisa de criança, mas mesmo assim me levou ao ortopedista para averiguar a situação.
Chegando lá, o 'médico' simplismente me deu um tapinha nas pernas e disse que aquilo era dor do crescimento e receitou o Dorflex caso a dor aumentasse.

   Depois de 4 dias tomando Dorflex e perdendo as forças (tanto que já não consegui subir escadas), apareceram manchas avermelhadas nas minhas pernas e braço, e nas juntas dos dedos surgiram bolinhas, muuuuuuitas bolinhas. E lá vamos nós ao 'médico' novamente.
Cheguei ao Sr.Dermatologista, ele fez N perguntas e concluiu que aquilo tudo não bastava de veneno de carrapato, pois, a 15 dias atrás, eu tinha ido a um hotel fazenda com a minha família. Isso tudo ele concluiu só de olhar pra mim, sem fazer exame algum. Ahhh... E o mesmo foi feito pelo ortopedista.

  Os dias foram passando e eu piorando!

  Até que na manhã do dia 17 de dezembro de 1999, eu acordo com uma vontade enorme de ir ao banheiro. Porém, no lugar das fezes saiu MUUUUUUITO sangue, quase uma hemorragina. E o meu xixi, estava preto igual a coca-cola.
Minha mãe se desperou!!!!
Ligou imediatamente para a minha pedriata (meu anjo da guarda na Terra) Dra. Vera Gaspar e ela mandou eu ir para o hospital com urgência.
Fiquei internada de sábado para domingo, fazendo vários exames e domingo a noite Dra. Vera chega falando que na segunda cedo iriamos para BH, pois ela já tinha marcado a consulta com um dos melhores médicos relacionados a saúde da criança.

   Chegando a BH, já não tinha mais forças. Era necessário meu pai me carrega. Subir escadas? Nem em sonho!
Me deitaram na cama e o médico Dr. Francisco Pena começou a me examinar. Depois de 2h examinando tudo que tinha direito, ele simplismente pegou um livro de mais de 900 páginas e começou a foliar para vê se achava alguma coisa relacionada aos meus sintomas.

Saí de lá com duas páginas cheias de exames para serem feitos.

   Eu tirava todos os dias uns 10 vidrinhos de sangue!
Meus braços estavam roxos e eu perguntava a minha mãe: "Mãe, meus braços já não estão tendo mais veias. O que vai acontecer quando acabarem?" E minha mãe com toda sua tranquilidade divina respondia: "Minha filha, Deus faz tudo perfeito, não se preocupe!"

   No dia 23 de dezembro sairam os resultados dos exames e lá fomos nós mostrar ao Dr. Francisco Pena. Ele leu, releu, leu de novo e disse: "D. Selina, eu não sei ao certo o que a sua filha tem. Portanto, amanhã dia 24 de dezembro, vocês vão ao hospital pra ela fazer uma biopsia."
Neste momento minha mãe entrou em desespero total e eu não sabia o que estava acontecendo. O que seria aquele bendita biopsia?

   E na véspera de Natal lá estou eu pronta para encarar a mesa de cirurgia e retirar aquela mancha que ninguém sabia o que era. Cirurgia feita e Natal chegando, nada mais justo do que me mandarem embora pra casa.

   Depois das festanças de fim de ano, chega o resultado da biopsia. E o que no início foi diagnosticado como "uma dor do crescimento" e "veneno de carrapato", nada mais era que um reumatismo raro chamado dermatomiosite.
Ele ataca os ossos, a pele e todos os órgãos internos.
O Dr. Francisco Pena então me manda para o MELHOR reumatologista que pode existir e o meu segundo anjo na Terra: Dr. Paulo Madureira :)

   Era janeiro de 2000 e eu já não andava mais. Para me locomover, só com ajuda da cadeira de rodas. Minhas forças tinham acabado por completo, não conseguia nem mais levantar o braço para passar o desodorante. Já não tinha mais forças para levantar a minha perna e nem o meu pescoço. Era necessário minha mãe ficar me virando de um lado para o outro na cama, quando já não aguentava ficar por muito tempo em tal posição.

   FORAM 6 MESES NESSE SOFRIMENTO! FORAM 6 MESES BUSCANDO PERGUNTAS! FORAM 6 MESES EM QUE RECEBIA VISITAS DE PESSOAS QUE NUNCA VI NA VIDA E QUE DIZIAM: "MARCELA, VOCÊ VAI SAIR DESSA. ESTAMOS REZANDO POR VOCÊ!"

   Gente vocês não tem noção de como me sentia. Achava um máximo vê que pessoas que eu nunca tinha visto na vida ou pessoas que eu só conhecia de "bom dia" foram até a casa dos meus pais me passarem energia positiva e até mesmo fazer orações.

   Finalzinho de julho, depois de vários meses fazendo fisioterapia, tomando Meticorten e sempre acompanhada dos meus pais, das minhas tias (Sely e Selma) e da minha amiga de infância Lud que foi um anjo de Deus neste momento tão conturbado e, também após as minhas fortes orações e novenas, numa sexta-feira a tarde eu falei com a minha fisioterapeuta: "Tia Telma dá licença." Dra. Telma: "Eu não posso Marcela, você vai cair. Não tem forças para andar ainda!" Eu: "Eu pedi e Deus me ouviu. Olha pra você vê!"
E aí, recomecei a andar!
Nunca pensei que fosse sentir tantas emoções em um dia só. Foram choros e risos misturados.

   Foi aí, que entendi o que é um milagre de Deus para aquele que crê nele. Basta você pedir com fé e esperar em Deus. Eu esperei e ainda por cima ouvi, uma voz doce e suave falando ao meu ouvido: "Levanta, você consegue!"
Nunca estive tão conectada a Deus como neste momento.

   Hoje, estou totalmente curada e sem nenhuma sequela.

   Sou totalmente grata primeiramente a Deus por ter me feito ressurgir das cinzas, depois meus pais por terem estado sempre ao meu lado e não terem titubiado em momento algum, as minhas tias Sely e Selma, por terem se sacrificado para ficar comigo, a Lud que será a minha eterna "Anja da Guarda" de Deus e a todos aqueles que rezaram por mim, que fizeram correntes de oração, que fizeram jejum para a minha melhora.
Sinceramente? Eu não tenho palavras para descrever o que vocês representaram neste momento árduo da minha vida. OBRIGADA e que Deus possa dar em dobro para vocês, o que vocês fizeram por mim =)

   Meu Deus, eu te agredeço todos os dias pela graça da vida. Te agradeço pela graça da cura e libertação que te vi. Obrigada por esta oportunidade de recomeço.
Quero sempre estar conectada Contigo e quero que fazes tua morada em meu coração. Pois eu sou de Ti, meu Deus! O Deus do amor, da união, da fé, da cura, da humildade e da paz.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

   Boa noite Amigos!

   Como vocês poduderam notar, estou quase sem tempo de vim aqui, mas sempre que tiver uma folguinha virei atualizar o blog :) Não se preocupem! rs

   Bom, quando começo a falar sobre adoção com outras pessoas elas acham um máximo e ficam me pergutando como é, se sou bem resolvida quanto ao assunto e tal. Falo tudo e acho um máximo contar a minha história!!
Porém, quando as questiono sobre adotar uma criança sempre escuto: "Isso é muito complicado, Marcela" ou "Eu não sei a índole que a criança traz!"

  Todo mundo sabe que a criança é o projeto do meio. Então, se uma família adotiva a acolher como filho, dar amor, carinho, respeito e caráter acredito que será muito difícil a mesma desviar para outro caminho. Claro que, não podemos prever isso, não é mesmo?!
Que tal pensarmos de outra maneira por exemplo: quantos filhos biológicos a gente não vê que mata os pais? E também, quantos pais biológicos não matam seus filhos? Querem um caso famoso? Então podemos citar o fatídico casal Von Richthfen, que foram assassinados a mando da própria filha Suzane Von Richthfen para poder ficar com a herança dos pais. E temos também, o caso Nardoni, que chocou o Brasil com a notícia de que o pai biológico juntamente com a madrasta mataram a filha de apenas 5 anos de idade.

   E aí, o sangue falou mais alto?

   Adoção continuo a afirma, é somente para aqueles que são tocados por Deus, ou melhor, é só para aqueles que Deus capacita e dá o dom de amar algo que não foi gerado por você, mas que foi FEITO para você!

   Adoção não é um ato de caridade ou bondade, adoção é um ato de amar algo que foi gerado dentro do seu coração e da sua alma, algo inexplicável aos olhos humanos e sensível aos olhos dos pais adotivos e dos filhos adotados. Afinal, o que importa é o DNA da alma ;)

domingo, 18 de novembro de 2012

   Bom dia Amigos do Coração!

   Resolvi falar hoje sobre um assunto meio polêmico para algumas pessoas, a maternidade consciente ou maternidade responsável.

   Falo que é polêmico pelo fato deste assunto trazer um quanto do movimento feminista em nossa sociedade, que por sinal, em pleno século XXI ainda tem um "Q" machista.

   A maternidade consciente nada mais é que o desejo dos pais de ter seus filhos e, saberem que após a maternidade suas vidas mudarão completamente. Querendo ou não, todos nós sabemos que filho muda sim e muito a vida de um casal.

   Então, porque te-los?

   Eu sou completamente a favor dos casais que decidem não ter filhos. Afinal filhos não é fácil, não é barato, e tem consequências em todos os aspectos da vida. Claro que tem as suas vantagens mas, não é todo mundo que está disposto ou apto a pagar o preço (financeiro, emocional, temporal, etc).

   Li um tempo atrás, na coluna Mulheres do site Yahoo, escrita pela incrível jornalista e mãe Patrícia Maldonado, falando de como é ser mãe neste mundo tão corrido como vivemos.

   Ela traz suas experiências de vida após a chegada do seu filho, dizendo o quanto foi importante pra ela esperar o tempo certo e de como consegue conciliar, trabalho e família.
Patrícia fala que apesar das correrias diárias, ela sempre tira uma parte do dia para cuidar do seu filho, leva-lo a escola, dar banho e passear com ele.
Ao contrário de suas amigas, que tem uma 'penca' de filhos e que fica a mercê de babás (nada contra, ok?!). Ela deu um exemplo bem interessante: quando uma das babás faltam, a mãe liga imediamente para um room service de babás 24h, exigindo outra, porque não sabe o que fazer com a criança em um feriado prolongado.

   E depois que li esta reportagem, percebi é minhas viagens que os hotéis já oferecem este serviço para os pais ficarem mais tranquilos ou até mesmo os pais levam as babás para cuidar das crianças nas férias.

   Oi?! Então quer dizer que nem nas férias, que é o momento da união das famílias os pais querem ficar com as crianças porque estão muito cansados do trabalho? Me digam vocês então, por que ter filhos?

   Filhos querem pais presentes (não digo quantidade de tempo, mas sim a qualidade do tempo), filhos querem a atenção, filhos querem amor.
Não tenha filhos porque a sociedade espera isso de você, não tenha filhos porque seu esposo cobra de você. Tenha filhos quando você quizer e não por vontade dos outros. Filho é bom, mas pra ser melhor ainda tem que ser DESEJADO!!!

Se você quer ter filhos tenha e seja feliz, agora se você não quer ter filhos não tenha, e seja feliz do mesmo jeito!

domingo, 11 de novembro de 2012

   O que é o ser mãe?

   Segundo o dicionário Aurélio, mãe é: "mulher que tem ou teve filho ou filhos; mulher carinhosa; protetora ou uma pessoa que chora facilmente."

   Já no site Wikipédia diz: "mãe é o ser do sexo feminino que gera uma vida em seu útero como consequência de fertilização ou que adota uma criança, que por alguma razão não pôde ficar com seus pais."

   Mas, será que ser mãe é realmente só isso?

   Não sou nem um dicionário Aurélio, muito menos o Wikipédia para dizer que é "o ser mãe", mas terei a audência de responder ao meu ponto de vista. Afinal, nada mais justo uma filha definindo a sua, né?!

   A minha mãe pra quem não sabe, chama Selina, mas que aqui chamarei 'delicadamente' de Rainha Guerreira (um trocadilho daquele antigo seriado da Xena, a Princesa Guerreira).

   Mas, porque Rainha Guerreira, Marcela?
   Rainha porque ela sabe 'governar' a todos com muita inteligência, entusiamo, empenho, dedicação, perfeccionismo, carinho e gratidão. Guerreira porque ela protege como ninguém as pessoas que amam, luta por um ideal, não a baixa a cabeça pra ninguém, enfrenta tudo e todos para defender os seus.
E como filha, pude ver pela primeira vez essa Guerreira sendo derrubada em uma batalha. Uma batalha em que era difícil vê a sua única filha em uma cadeira de rodas, com dores por todo o corpo e sem saber qual é o mal que ela enfrentava. Mas como quem nasceu pra ser Guerreira NUNCA se sente derrotada, lá estava a Selina, sendo como uma fênix que se ergue das cinzas.

  E graças a esta Rainha Guerra e graças a Deus é que eu posso estar aqui, fazendo esta pequena homenagem a ela. Uma mãe formidável, um presente que Deus me deu a 24 anos atrás e que serei grata até quando meus pulmões tiverem ar pra eu gritar: EU TE AMO E MUITO OBRIGADA PELAS VÁRIAS HORAS DA SUA VIDA TER SE DEDICADO A MIM. E PEÇO DESCULPAS, PELAS MINHAS FALHAS COMO FILHA, AFINAL, VOCÊ NUNCA FALHOU COMIGO!

Te amo muito mãe e tenho muito ORGULHO de ser sua filha e de você ter me escolhido para ser a sua filha :)






"E por Deus não poder estar em todos os lugares, Ele fez as mães!" (Ditado Judaíco)


domingo, 4 de novembro de 2012

   Boa noite amores! Tudo bem com vocês?
  
   Graças a Deus comigo tudo esta muito bem, obrigada. Quase um mês sem aparecer por aqui e volto com uma super novidade!
   Quem me tem no facebook já sabe, mas como muitos que vem aqui não tem, vou contar: CASEI!!!!!!! :D

   Para alguns isso pode parecer bobagem ou do tipo casamento é uma instituição fálida. Sinto dizer que não é mesmo, ainda mais no tempo em que estamos.
Hoje ninguém, mais ninguém mesmo, obriga você a ficar com uma pessoa a não ser pelo simples fato de se amarem. O amor é o sentimento mais nobre que pode existir e é através dele que podemos gerar uma criança biologicamente ou até mesmo no nosso coração.
O amor é um dom divino!

(...)

   Mas voltando ao assunto casamento, sinto que agora concluí mais uma etapa na minha vida. Uma etapa que se Deus quizer será de muitas alegrias, cumplicidade, amor, amizade e companheirismo.

   Quero agradecer primeiramente a Deus e segundo, aos meus pais Selina e Nogueira. Por ter feito o MELHOR que puderam para que este sonho se tornasse real; e que eu pudesse ser a noiva que sempre imaginei que seria; e, ter o casamento do jeito que sempre esperei.Todos os detalhes como disseram os nossos convidos 'tinha a minha cara' :)
Obrigada meus pais amados por TUDO que fizeram e fazem por mim! Agora seguirem o exemplo de vocês para construir a minha família.


AMO ONTEM, HOJE E SEMPRE!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

   Bom dia amigos e amigas do coração! Tudo bem com vocês?

   Hoje resolvi fazer um post diferente, na verdade, resolvi fazer um post de agradecimento. Agradecer a todos que passam por aqui, que leêm com carinho tudo o que escrevo, os  que comentam, os que só olham e aqueles que me param na rua e falam: "Marcela é você mesmo que escreve tudo aquilo?" ou "Seu blog é lindo e emocionante!".
Quando ouço essas palavras e gestos carinhosos parece que alguma coisa lá dentro diz: Você esta no caminho certo, vai em frente e lute por aquilo que acredita.

   E o que eu acredito? Acredito no AMOR UNIVERSAL, independente de religião, cor, raça e sexo, acredito no AMOR que Deus nos deixou para vivermos como irmãos e, por acreditar no AMOR, eu acredito na ADOÇÃO. Afinal, tem outro nome para um ato tão nobre como este? Por favor, se tiver me fale, porque eu ainda não o encontrei.

   Fiz este blog com o intuito de mostrar ao mundo (sou sim, muito 'audaciosa') como a adoção não é um bicho de sete cabeças e de como uma família que não teve condições de gerar um filho biológico, pode sim, gerar um filho do coração. Digo e repito: "para ter um filho não importa o DNA genético, basta ter o DNA da alma!".

   Aqui em casa não me sinto como filha do coração, me sinto como um anjo que foi enviado por Deus para trazer mais amor, compaixão, harmonia e paz para a minha família. Sinto que tenho muito a que cumprir ainda, que o meu dever de ter sido gerada para esta família ainda não esta completo. E Deus sempre escreve certo, por linhas certas.

   Espero que muitas famílias brasileiras e estrangeiras sejam tocadas por este AMOR ADOTIVO, e que recebam em seus lares anjos que foram enviados especialmente para vocês. Afinal, Deus NUNCA da uma cruz maior que a gente possa carregar. Se você for presenteado com uma adoção, lembre-se: Deus capacitou você durante toda a sua vida e confia que você fará o melhor para o filho dEle.

O meu MUITO OBRIGADA.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

  Aproveitando o feriado do 7 de setembro fui fazer uma visita a minha irmã Eliane, afinal, estava devendo essa visita desde janeiro, quando a minha sobrinha Emily nasceu. Que por sinal, é uma boneca de tão linda *____* Sim, sou titia coruja mesmo.
Para a minha surpresa estavam lá a Val (minha outra irmã), o Erick (meu sobrinho que também é um gato e super espuleta) e a minha pequena flor de jardim Maria Izabel (minha irmãzinha caçula).

  Quando a Maria me viu, parecia que já nós conheciamos a muuuuito tempo. O mais fofo foi a minha prima perguntando: "Maria, você sabe o que ela é sua?" E ela respondeu: "Claro que sei, é a minha irmã!" Vê se não dá vontade de morder, gente! ^^

  Todos me receberam com muito carinho. A Val me deu um abraço tão apertado que pensei: "Isto sim, é um abraço de urso!" rs. O Erick, com toda sua 'espuletagem' veio me pedir bença ^^ "Bença tia?" Eu: "Deus te abençoe!" Juro, nesta hora lágrimas rolaram. E na hora de vir embora, ganhei uma flor tão LINDA da minha pequena, que ela esta guardada até agora :)))

  Mais uma página completa no livro da minha vida.


Val, Mª Izabel, Emily, Erick e Eliane


Minha florzinha ^^


       Será que somos parecidas??? rs


Emily *___*

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

  É engraçado quando as pessoas vêm me questionar seu sou adotiva.
Parece que vão perguntar se estou grávida, se fumo maconha, se sou lésbica de tanto receio que elas tem.
Não sei bem se é vergonha ou se é o medo da minha reação.

  A pergunta que sempre faço é: Por quê esta grande euforia quando perguntam para uma pessoa se ela é adotiva?

  Ainda não sei a resposta, porém criei este blog com o intuito de mostrar como a adoção é normal na minha vida e das pessoas que me cercam.
Não tenho NENHUM receio em falar sobre minha história e, particularmente, acho ela LINDA E FASCINANTE ;)
Meus pais sempre foram muito transparentes comigo, então desde os meus 3 anos de idade, conto aos quatro cantos do mundo que sou adotiva.

  Não culpo em hipótese alguma a minha mãe biólogica. Sei que ela fez o melhor dela e o melhor pra mim ^^ Tenho pais maravilhosos e uma família rica das benções do céu!
Não é querendo gabar, mas parece que nós, filhos adotivos temos um pouco mais de açúcar, né?! rs Ou então, trouxemos uma mistura secreta de Deus em nós.

  O que quero dizer com este post é que não podemos ter vergonha dessa nossa linda história de vida, que somos seres abençoados por Deus, por trazer alegria em um lar que só nos 'conhecia' por imaginação.
Temos que ser eternamente gratos a Deus por ter nos dado a dádiva de ter uma família que tanto nos ama, sem antes mesmo ter nos conhecido.

  Família não precisa ter o código genético, basta ter o DNA da alma!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

  Há muito tempo não venho escrever, né?! Isso se chama CORRERIA de trabalho e sem tempo para vida social, mas vamos ao que interessa.

  Hoje resolvi escrever sobre meu Pai.
  Sei que o Dia dos Pais já passou, mas e daí, quem disse que é necessário ter um dia para homenagear um homem que deu a vida quase toda dele por você, que passou noites em claro quando estava doente (no meu caso, foram quase 5 anos sem dormir direito, né pai?!), que sofre junto com você, que ri com a sua felicidade, que chora ao te vê experimentando o vestido de noiva (gracinha da minha vida).
  Pois é gente, isso tudo e mais um pouco é o que o Sr. José Nogueira representa na minha vida.

  Ele é meu TUDO, o meu NADA, o meu infinito PORTO SEGURO! Apesar de ser um homem de poucas palavras, é no seu olhar que vejo o amor puro e verdadeiro que só quem é Pai pode sentir. Um olhar de 'minha filha você esta no caminho certo' ou 'eu não concordo com você, mas estou aqui para te apoiar nas suas escolhas'.
Aquele Pai que quando você chega de viagem, além de um abração de urso, ele vira e fala: "Dá uma olhadinha na geladeira. Olha o que o Papai trouxe pra você!" E quando abro 'tcharaaaãn' uma caixa de bombom *______* e nela a palavra Eu te amo e como senti saudades de você!

  Aiiiiii gente, é MUITO amor para uma pessoa só! Queria eu, que o mundo fosse repleto de Pai como o meu :)




AO MELHOR PAI DO MUNDO, ESPERO UM DIA PODER SER A MELHOR FILHA QUE O SENHOR MERECE :) Que Deus te abençoe sempre!
Te amo, meu liiiiiiiiiindão

terça-feira, 31 de julho de 2012

"O que seríamos de nós sem irmãos? Não poderíamos ser os caçulas, nem os mais velhos, nem mesmo os "do meio". Não poderíamos confidenciar sobre aquela paixão. Não poderíamos brigar pelo pedaço maior do bolo. Não teríamos em quem pôr a culpa pelo vaso quebrado. Não teríamos com quem jogar bola ou brincar de boneca. Não teríamos com quem conversar durante a madrugada. O que seríamos de nós sem irmãos? Tanta coisa que não poderíamos fazer. Tanto tempo que perderíamos tentando entender. Tanto amor não poderíamos compartilhar. É por isso que devemos agradecer pela dádiva que a vida nos dá, quando um irmãozinho nos chega pedindo colo e carinho, ou quando o mais velho nos chama para viajar. Quando temos aquele ombro amigo, depois da briga com o namorado. Ou simplesmente, quando eles estão lá, nos olhando admirados."

   Como já havia dito nos posts anteriores, há cerca de mais ou menos uns dois anos conheci a minha irmã biológica, Marina. Que por concidência também foi adotada por uma família MARAVILHOSA, que a criou super bem :)

   Apesar da distância, mas graças a tecnologia conversamos direito e sempre estamos por dentro da vida da outra, afinal, irmão é isso!
Agora, com 24 anos é que pude entender o que é ter um irmão ao seu lado, pra compartilhar tudo de melhor e de pior que acontece na nossa vida. E saber que ele, apesar dos pesares sempre estará lá, esperando por você.

  Este final de semana que se passou, foi o dia de receber a visita dela aqui em casa. Como sempre meus pais fizeram aquela comilança pra gente ^^ O bom é que conheci o meu cunhado (adoro dizer isso), que por sinal é uma excelente pessoa, acredito que a Marina esteja em ótimas mãos!
Apesar da visita ter sido super rápida (8h pra mim é muito rápido, sim) podemos nos atualizar e fofocar bastante... rs Coisas de irmã, né?!

   Só queria dizer a ela, o quanto foi bom conhece-la e o quanto é bom saber que a tenho SEMPRE por 'perto'.

Te amo branquinha ;)

sábado, 21 de julho de 2012

   Antes de aprofundar dentro do contexto da adoção, criticava severamente as instituições devido a burocracia que era gerada quando um casal entrava com um pedido. Só que o tempo passou e com ele a minha percepção crítica também.
Afinal, a adoção não é uma "venda de mercadoria" e muito menos uma troca. Adoção é assunto serissímo e que tem que ser sim avaliado de todas as formas possíveis e acompanhada de vários profissionias, incluíndo uma psicóloga ;) (vendendo meu peixe... rs).


   Hoje em dia, ainda existe aquele preconceito em adotar uma criança negra ou mestiça. Pesquisas datam, que cerca de 98% dos pais que são de cor branca, preferem filhos da mesma cor.
Oi? Vocês querem um filho ou uma mercadoria?
O gorverno do Rio de Janeiro estipulou que não poderiam mais escolher a cor, a idade e nem o sexo da criança. Muito bem colocado juíz, APOIO. Afinal, estes casais deveriam estar atrás de um filho e não de uma marionete.


   Quando eu disse no primeiro parágrafo que é importante que a família adotiva seja avaliada, é para não acontecer caso igual do Miguel.
"Vizinhos de bairro e namorados desde a adolescência, o bancário Olavo Costa Lima, de 38 anos, e a professora Maria Teresa Palomini, de 39, casaram cedo e logo quiseram ter filhos. Não demoraram a perceber que havia alguma coisa errada. Foram ao médico. Os dois tinham problemas de fertilidade. O de Olavo era irreversível. Havia a possibilidade de um longo tratamento para tentar a inseminação artificial, mas acharam que seria caro e desgastante emocionalmente, pois só 30% dos casos são bem-sucedidos. Em janeiro do ano passado, procuraram um abrigo. Queriam adotar uma criança de 2 ou 3 anos. No primeiro, no Rio de Janeiro, deram de cara com a história de Miguel, de 11 anos. Adotado dois meses antes, ele estava sendo devolvido. O motivo: não gostava de tomar banho. 'Ficamos horrorizados. Mesmo antes de ver o menino, mudamos nossos planos e nos candidatamos a tê-lo como nosso filho', completa Maria Teresa. No fim de semana seguinte, o casal conheceu Miguel. Muito calado, traumatizado com o episódio, foi taxativo com o casal: 'Se gostar de vocês, eu vou'. Foi. Mora com os novos pais há três meses.
Quando os pais chamavam a sua atenção, Miguel perguntava: 'Vocês irão me devolver?' Maria Teresa e Olavo respondiam: 'Claro que não! Você é nosso filho agora!"


   Estes sim são pais verdadeiros, os outros que devolveram me desculpe, vocês não querem um filho e sim um ser 'perfeito' para a sociedade.

sábado, 14 de julho de 2012

    Adoção é, sem dúvida, um gesto de amor.


   Quem gera filhos é genitor. Para atingirmos a condição de pais, precisamos mais do que gerar; é imprescindível estabelecer uma relação afetiva. Assim, todos os filhos precisam, sem exceção, ser adotados afetivamente. O grande desafio que temos diante de nós é transformar o puramente biológico em marcadamente afetivo. O filho adotivo não é uma prótese que venha substituir uma deformidade. Sem dúvida, procriar é uma condição dada pela natureza; criar é uma responsabilidade no âmbito da ética entre os homens. Procriar é um momento; criar é um processo. Procriar é fisiológico; criar é afetivo.

   Um filho traz a sensação de valorização, a oportunidade de produzir coisas boas, de poder trocar afeto. Assim, o tempo que levaram desde o início da idéia de adoção até o seu florescimento (buscar a criança), corresponde a uma verdadeira gestação.
  

  
   O Puerpério, período que dura mais ou menos 45 dias e corresponde ao pós-parto, é acometido de múltiplas emoções na qual a adaptação da criança aos pais se dá. Ao levar a criança para casa, os pais começam a praticar os cuidados com a criança, ou seja, alimentação, fraldas, troca de roupas, banho, etc. Durante esses cuidados diários a criança começa a adquirir o sentimento de pertencer àquela família, assim como os pais sentem que pertencem à ele. Todo esse manejo dá aos pais a sensação concreta que "criam" o filho, que ele é seu dependente e que precisa ser cuidado em tempo integral.

   O momento de buscar a criança para trazê-la para casa equivale emocionalmente ao Parto: a expectativa de como será este encontro, como a criança é, como reagirá, desperta muita ansiedade. Nesta ocasião, que será de grande emoção, os pais poderão ter reações as mais diversas e confusas, tais como medo, insegurança, alegria, esses sentimentos também permeiam o universo dos pais biológicos quando têm seus filhos.

  N
esse período, mais ainda quando o adotado é o primeiro filho do casal, os pais costumam sentir a responsabilidade de ter essa criança com eles, pode gerar dúvidas quanto ao erro ou acerto de tê-la adotado; pensam se vão sair-se bem nesta função, se são suficientemente bons, se estão preparados. Mas é também um período em que a vinculação entre pais e criança se estreita, onde o medo do abandono existe nos dois lados. Então, o menor gesto da criança de buscar auxilio dos pais representa a aceitação, daí todas as dúvidas são dissipadas porque aquela criança os reconhece como pais e os cativa.


   "Adotar é acreditar que a história é mais forte que a hereditariedade, que o amor é mais forte que o destino."

segunda-feira, 9 de julho de 2012

   Já dizia o ditado: "Mãe é quem cuida!"

   Como disse na minha primeira postagem aqui no blog, desde que me entendo por gente sei da minha história de vida. Meus pais graças a Deus nunca esconderam, nem de mim e nem de ninguém, e acredito que para eles isso é um motivo de orgulho, porque pra mim com certeza é :)

   As pessoas sempre me questionaram se eu conhecia a minha mãe ou se eu sabia quem ela era. De início falava que não, mas com o tempo e com o meu crescimento meus pais e minhas tias, foram me contando como era a vida da minha mãe biólogica. Em momento algum, meus pais a julgaram ou denegriram sua imagem pra mim. (Um ponto muito importante ao meu ver).

   Com o passar do tempo as pessoas passaram a me questionar mais sobre quem ela era e eu ficava irritada, afinal, tinha o direito de não querer conhece-la. Acho que pelo fato de ter uma presença materna bem definida em minha vida, essa questão biológica nunca veio em mente, porque pra mim, sempre fui e sempre serei filha do José Nogueira e da Selina.

   Por favor não me odeiem por isso, naquela época eu tinha outros pensamentos.

   Hoje, sinceramente agradeço a ela por ter me dado o dom da vida e agradeço ainda mais por ter pensado em mim primeiramente. Gente, colocar um filho pra adoção não é fácil, mas ela soube que não teria como fazer muita coisa por mim e de fato não poderia mesmo. Uma empregada que morava na casa dos patrões, comia e dormia lá, o que seria dela com um bebê novo? Com certeza, conhecendo os patrões como eu 'conhecia' sabia que não aceitariam. E ela fez a escolha mais sensata: adoção. Vocês sabem, ela teria outro caminho mais fácil, o aborto, mas não. Ela passou o cálvario comigo e me carregou até o final.
Obrigada Maria, por ter feito a escolha mais sábia de todas.


  Ahhhh... Conheci a Maria em dezembro do ano passado e também aproveitei para conhecer a minha outra irmã Eliane, que estava na época grávida da minha sobrinha Emily.
A Maria é uma pessoa humilde, de caratér e digna de todo o meu respeito!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

   Lendo algumas reportagens sobre adoção, deparei com um assunto bem interessante, relacionado aos sentimentos de pais e filhos adotivos.
Segundo uma psicóloga chamada Lídia Weber e a sua entrevista para o Globo Repórter, ela fala que o relacionamento entre famílias adotivas é ainda mais amoroso do que nas famílias biólogicas.

   Sério Lídia??? Porque pra mim, nem precisaria fazer uma pesquisa para descobrir tal feito. É só permanecer ao lado das famílias adotivas por 5min, que vocês perceberão como o AMOR entre nós é diferente. Em hipótese alguma estou desmerecendo o amor das famílias biólogicas, longe de mim fazer isso, mas cá pra nós, o nosso amor é MUUUUUUUITO maior :))) (risos)

   Acredito que o nosso amor é diferente porque fomos escolhidos e 'escolhemos' os nossos pais. Afinal, para quem adota sempre tem aquela opção de não quererem filho e optam por fazer o gesto mais lindo do mundo: que é acolher uma criança de outra pessoa. Uns podem pensar que é um gesto altruísta, eu penso que isso é uma escolha, que só quem é o escolhido de Deus consegue amar de forma tão pura e divina, um outro ser que não lhe pertencia.

   Graças a Deus, em meus 24 anos de vida nunca fui tratada como "a filha adotiva" e sim como a filha dos meus pais. E também nunca os vi como se tivessem feito um favor pra mim, os vejo como as melhores pessoas que o mundo poderia ter; pessoas de que o mundo precisa ter.

   Hoje penso em adoção como a primeira opção depois que me casar. Quero ter a chance de amar uma pessoa tanto como sou amada e, poder dar carinho, dignidade e respeito aqueles que estão na expectativa por uma família. Quem sabe, não consigo meus três filhos assim??? Já pensou que honra?! :D

quarta-feira, 4 de julho de 2012

   "... Não importa a raça das pessoas que compõem uma família. O amor, a amizade, o respeito entre elas não escolhe cor, nem tipo sanguíneo.
   Nenhuma pessoa é melhor do que a outra, os que nasceram da barriga, os que nasceram do coração, os que encontraram um abrigo seguro para viver, onde não há mãe e nem pai, mas amigos e pessoas solidárias.
   Somos todos importantes pois recebemos o maior presente que pode existir, que os índios chamaram de 'melmoara', que significa: GRAÇA DA VIDA!"

   Retirei este pequeno fragmento de um livro muito interessante, chamado Manuela, da autora Regina Rennó.

   O livro traz a história de uma criança chamada Manuela, que é negra e filha adotiva de um casal branco. A menina precisa contar aos coleguinhas como foi o primeiro olhar dos pais, o primeiro banho, a primeira ida a escola e o fato da mesma ter a cor diferente da dos pais.
Achei bacana que historinha vem como uma linguagem clara e bem colorida para ser contada a outras crianças, de uma forma tranquila sobre a adoção. Este conto pode ser até uma oportunidade dos pais adotivos que ainda não fizeram "a grande revelação" contarem para seus pequenos a maneira como eles chegaram até eles.

   Estou encantada com o livro e vou ter que lê-lo novamente antes de dormir. Um mimo gente, super recomendo!!!

   Ahhhh... Sem contar que ele faz várias perguntinhas para a criança sobre como foi o nascimento, como foi a escolha do nome, se a criança tem apelidos, quem mora com ela e assim por diante.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

"O filho é a resultante esperada da relação homem-mulher; é como se o equilíbrio se completasse a partir de um terceiro referencial. É o filho que dá sentido ao casal. Sem dúvida, é da interação dessas três forças – que oferecem, reciprocamente, apoio e harmonia no sistema de dar e receber – que surge a verdadeira unidade."

   Pesquisando sobre qual o significado da palavra Família, a definição mais sensata que achei foi: A família é unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos.
Acho que a última parte combina mais com esse blog, né?!

   O primeiro laudo que dei como psicóloga, foi justamente em um caso de adoção. Sei que como profissional não poderia me envolver tanto (como fiz), mas sou ser humano e também cometo meus erros e este, foi o melhor erro que poderia cometer.

   Tinha o costume de dizer que Deus escreve certo por linhas tortas, mas no dia 15 de junho percebi que não. Percebi que Deus escreve certo por linhas certas. Estava na clínica a espera do meu paciente, quando a mãe dele chegou com duas senhoras aparentemente abatidas.
Conversamos um pouco e elas me contaram sobre o calvário que estavam passando por conta da adoção.

   Uma das senhoras havia adotado uma criança a cerca de 4 anos. Estava com a guarda provisória e a declaração da mãe biólogica que passava totalmente a guarda da criança para esta família. Porém, após 2 anos, a mãe se arrependeu e quis a filha de volta.
A questão é: a mãe biólogica tem duas passagens na polícia por agressão e não tem condições financeiras e nem psicólogica para cuidar da mesma.

   Vocês devem ter achado que dei somente o laudo para comprovação de como estava a vida da criança neste lar afetivo, né?! Errado... Dei o laudo porque o juiz da vara da infância decretou que a criança deveria IMEDIATAMENTE voltar para o lar biológico! Oi? Como assim??
Acho que vocês podem imaginar o tamanho do susto que levei. Afinal, como é possível um homem que estudo uns 10 anos para chegar onde está e dizer que a família adotiva não representa nada na vida daquela criança? Será que esse juiz nunca leu a Lei 8069??? (Quem quizer saber mais aqui esta o link)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm 

Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.

   Porque na verdade o filho adotivo não vem de fora; vem de dentro, como de dentro vem o filho biológico. Isto é, o filho que se adota é o filho que, afetivamente, é “gestado” no psiquismo de seus novos pais. Ou seja, o amor ao filho. Não precisamos conhecê-lo para que o amemos. O amor é a consequência de uma disposição interna que se estabelece independente de termos um arsenal de informações a respeito do filho. Poderíamos dizer até, que ao filho amamos antes de conhecê-lo, como continuamos amando apesar de chagar a conhecê-lo. Nós o amamos apesar de não saber como ele será e, mais ainda, permanecemos amando quando sabemos quem ele é verdadeiramente.

E como sempre digo: "O filho adotivo tem que nascer dentro do coração das pessoas, do peito, da alma. Então, o filho que chega não tem o nosso código genético, nosso DNA físico, mas vai ter o DNA da nossa alma."



Obs: O casal entrou com um novo recurso e estou aguardando a nova decisão do juiz. Vamos torcer que tudo dê certo para eles :)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

   Quero agradecer a todos que leram e divulgaram meu blog nas redes sociais.
   Fiquei MUITO feliz que tenha conseguido comover tantas pessoas =) Isso faz com que eu acreditei que estou no caminho certo e que tenho muito apoio nessa nova caminhada! OBRIGADA do fundo do meu coração.

   Resolvi escrever hoje sobre como contar ao filho que ele não foi gerado pelos pais adotivos e sim, por outros pais que por algum motivo ou razão não tiveram como cuidar dele.
   Pesquisas, artigos, textos revelam que a melhor época para contar ao filho sobre a adoção é na infância, afinal, a criança ainda está moldando sua personalidade e consegue encarar certas verdades de uma forma tranquila. Acredito sim, que esta seja a melhor época para a "grande revelação", pois isso mostra como o diálogo e o vínculo afetivo entre pais-filho estão forte. Porém, isso fica a critério de cada um! Mais uma vez escrevo, não estou impondo nada aqui, só escrevo o que vivi e vivo até hoje, e como é a minha experiência de vida.
   É importante que a verdade sempre prevaleça e que ela seja dita pelos pais e não por terceiros. Pense em um exemplo prático:a traição conjugal. A pessoa traída se sente um lixo, se sente incapaz, inútil, mal amada, não é mesmo? E é mais ou menos isso que acontece quando o filho descobre por outros que não nasceu dos pais que tanto ama, que tanto confia. Para ele, isso passa a ser uma "traição", e nesse momento a confiança pode ficar abalada. Aquele vínculo quebrado. Só o tempo é capaz de amenizar, mas nunca ele conseguirá esquecer que foi "traído" pelas pessoas que mais ama nessa vida.
   Tem uma frase que é antiga, mas que vale muuuuuito a pena: "a verdade é sempre a melhor saída e a melhor escolha." Mentiras machucam, ferem e faz com que muitas relações sejam abaladas ou até mesmo quebradas. Mas lembrem-se, se vocês pais, por algum motivo não contou ao seu filho que ele é adotado, nunca é tarde para isso... O amor que um sente pelo outro é capaz de quebrar barreiras e mover o coração.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

   Há algum tempo senti vontade de escrever sobre a adoção, mas não fui em frente. Agora, de um mês pra cá esse desejo aumentou e comecei a amadurecer a idéia, e eis-me aqui escrevendo.
   Imaginei o que escreveria no meu primeiro post... A idéia mais sensata que achei foi: escrever sobre a minha história de vida.
   Então vamos lá!

   Meu nome é Marcela, tenho 24 anos e sou formada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga/MG. Trabalho em uma escola de educação infantil e ensino funtamental e em uma clínica de psicologia.
   Sou bem resolvida em todos os aspectos da minha vida, principalmente quando se trata da minha adoção. Venho de uma família de classe média que nunca esconderam a minha verdadeira origem.
   A minha mãe biólogica chama Maria e possuí 6 filhas, sendo que as 2 do meio (eu e Marina) ela colocou para a adoção. E os meus pais Nogueira e Selina só tem uma filha, que sou eu :)
   Maria era casada e teve três filhas (só lembro do nome de uma, que é a Eliane). Seu ex-marido era caxeiro viajante e em uma dessas saídas pelo Brasil a fora nunca mais voltou. Tendo que sustentar as suas filhas, ela foi para Caratinga trabalhar como doméstica em casa de família. Esta família possuía uma loja que fica em baixo da casa, onde a minha tia Selma (irmã da minha mãe Selina) trabalhava como gerente.
   Neste meio tempo, meus pais já estava com 6 anos de casados e não conseguiram gerar uma criança. E lá em Caratinga, a Maria já estava a minha espera.
   Minha tia sabendo da situação dos meus pais e sabendo que a Maria estava grávida novamente e sem condições de poder cuidar da criança, falou com a minha mãe e ela disse que queria a criança.
   Todos os passos da gestação foram acompanhados de perto pela minha tia Selma, desde a primeira consulta até o momento do meu nascimento, que aconteceu no dia 27/01/1988.
   Foi um parto tranquilo e nasci bem grande (quase 4kg). Foi a alegria das famílias Sevidanes e Nogueira Barreto!
  E aí veio a grande questão para meus pais: como contar a Marcela que ela não nasceu de nós?
  Meus pais com uma sabedoria divina resolveram que o melhor momento seria quando eu estivesse com meus 3 anos de idade. E em um dia qualquer resolveram falar: "Minha filha, você não nasceu da barriga da mamãe, mais foi gerada durante muuuuuuuuito tempo nos nossos corações!" No início não entendi muito bem, mas com o passar do tempo a idéia foi tornando consciente.
  O que me deixava irritada era o fato das pessoas questionarem que a minha mãe não era a minha mãe. PERAÍ, como assim? Uma pessoa que passou noites em noites em claro quando eu estava passando mal, que chamava a minha atenção quando fazia alguma travessura, que ficou ao meu lado durante o momento mais sórrido da minha vida, que me dava amor, carinho, atenção e para algumas pessoas não era considera minha mãe. Porque pra mim mãe não é quem dá a luz, mas sim quem cuida. É muito fácil colocar uma criança no mundo, díficil mesmo é cuidar.
   Como já dizia Aristóteles "família é uma comunidade de todos os dias, com a incumbência de atender as necessidades primárias e permanentes do lar."
   Porque o filho tem que nascer dentro do coração dos pais, do peito, da alma. O filho adotivo que chega a família não tem código genético, o DNA físico, mas vai ter o DNA da nossa alma.

   Ahhhh... Só pra concluir, há 2 anos conheci a minha irmã Marina (que foi adotada por uma outra família) e hoje temos um vínculo MUITO GRANDE =) Foi uma sensação incrível conhecer minha irmã. E em dezembro passado, conheci a Maria (minha mãe biológica) e a minha outra irmã Eliane que estava grávida da minha sobrinha Emily.

Minha família: Eu, Pai, Marina e Mãe





Família da Marina: Eu, Marina, Maíra, D. Lúcia e Seu Américo